o benefício da dor

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 06:33

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Por que tanta, mais tanta dor...

Uma mensagem enviada a minha mente, após algum trauma ativa uma sensação sofreguida, em mim!

Isto é, DOR...

Mas para que preciso? seria bem melhor um mundo sem dor! Pra que sofrimento? as pessoas poderiam viver melhor...!

De que serve esta...? sem significado algum. Fujo dela, através do medo de errar, errar dói...

Esgueirando-me furtivamente pelas vielas de escape, fujo das oportunidades; vou, cada vez mais longes dela...

Minha mente me conduz inconscientemente para longe dela, errar causa dor...

Ficarei escondido aqui, sentado nesta redoma, o mundo não me atingirá, e eu nunca errarei...!errar causa dor...

...E continuei fugindo, cada vez mais distante: da realidade, do que é factível; mergulhei num mundo de poucos erros, consequentemente indolor, ao menos pouca dor... estava satisfeito quando conheci a aquela garotinha: olhos negros, e vivos, cabelos curtos, olhar tranquilo... uma criança normal de sete anos... seu caminhar plácido expressava a graça que havia dentro de si, mas não estava só, sua mãe, creio eu, segurava sua mãozinha e sua expressão era contraposta a da menina, era um olhar tenso... quando de súbito:

Não sei dizer se fora de mim(pensamentos), ou em sonhos de repente fui arrebatado de mim mesmo...

E lançado naquela casa: uma casa comum, cadeiras, mesa, quadros, TV...

Meu olhar de repente mudou de direção e vi aquela mesma menina, andar pela sala com a mesma placidez e leveza, com aquele mesmo olhar puro e singelo, contudo percebi que haviam tachinhas no chão apontadas para cima, tentei avisá-la, mas ela não me ouvia! Sequer eu ouvia minha voz... Era muito estranho este acontecimento!

Como estavam apontadas para cima imaginei: aquela criança ao pisar sofrerá, DOR, iria chorar e se... se estivessem enferrujados... não! Então ela calmamente pisou, e continuou a andar, sem nada perceber, apática!

Não entendi aquilo...! E se não bastasse ela caminhou lentamente em direção a escada da porta de sua casa com as tachinha fixadas ao pé... e pensei, provavelmente cairá, porquanto percebi que seu tornozelo estava muito inchado, e levemente torto...! Tentei avisar a sua mãe que estava na cozinha, e ela não me ouvia! me desesperei, meu Deus: Ajuda esta pobre criança! meu coração acelerou e eu nada pude fazer...

Ela andou com o mesmo caminhar que outrora descrevi e como eu previa caiu, torceu seu pequenino tornozelo, deslocou seu punho e arranhou seu braço, desde o antebraço até o ombro... seu pequeno rosto estava sujo de terra, seu nariz estava coberto em sangue... então sofri, dizendo comigo mesmo, no meu espírito: ela vai chorar!

E fui contrariado, ela levantou como se nada houvesse acontecido... e comecei a me questionar o porque de ela não chorar, eu já estava sofrendo muito...! e ela não esboçava nenhuma sensação de dor, "ei, espere um pouco!", pensei. Quando algo me veio a mente, "Indiferença Congênita a Dor".

Suspeitei que aquela garotinha sofria de algo que restringia sua sensação de dor, ou melhor, a cancelava, e ela não se protegia por que não sentia dor...


Me desesperei, questionei-me, me olhei e alto a baixo, quando fui arremessado agressivamente de volta ao meu corpo... o que não me afetou muito (pois estava abalado pela visão) e respirei profundamente! Olhei em redor, e me perguntei: então é isso, o benefício da dor?!

A dor é objeto de crescimento, de sapiência, quando utilizado com sabedoria...

Percebi que a minha fuga da dor, me tornou excluso do próprio mundo em que vivo, observei que muito vivi, e nada experimentei... pelo medo da dor!


As oportunidades iam e vinham, mas eu obrigava a mim mesmo a paralisar-me, limitar-me... pelo medo da dela, a dor!

Os amores, as escolhas, escorriam entre os meus dedos... Isso não é viver, é subexistir, "meu Deus! - bradei dentro de mim". Como fui tolo, me tranquei numa redoma, como um garoto mimado, e em nada sou experimentado... me condicionei a acreditar que ficar onde exatamente estou, não me faria mal ou bem; errei: me limitou a existência...

Eu quero, eu preciso VIVER...
A vida é muito curta para temer tanto, a dor...

A dor é uma dádiva, que nos foi dada para nos apercebermos em condições errantes; uma pessoa com lepra não se protege a princípio, pois não sente dor... enquanto silenciosa (a lepra) avança pelo corpo da vítima lenta e indolor. A dor nos livra de muitos males, nos esconde da fatalidade, nos conserva, nos abriga no mar da experiência e sabedoria...

A dor nos faz viver melhor!

encontro consigo mesmo

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 07:16

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Como está difícil...
Minha mente vagueia na imensidão das dúvidas que imergem na superfície do meu ser...
isto é, da alma.

As respostas busquei, em meio as dúvidas, no tracejar do meu percurso mais dúvidas me sobre vieram, de uma intensidade que obscurecia minha inteligência, e furtava minha atitude.

Pensava que encontraria respostas, não paralisia. Porém, não desisti.
Continuei, prossegui com força de vontade, projetei-me com intensidade, tal que, me sentia a própria pergunta em busca de respostas. E eu realmente era a pergunta numa jornada em busca de respostas...

Quem sou? Para que existo?

Crise existencial!? Não!

Sede de Significado...!

Percorri pelos vales da minha mente, caminhei nos desertos da minha ignorância... e nada encontrei!

Num breve lapso, eu vi! O caminho para minha resposta... levantei-me e descobri: a ansiedade ludibria nossa sapiência... nada mais era que uma miragem da alma! A alma sedenta de respostas e por sofrer, produz para você uma resposta para que pare de sofrer...! Contudo, eu queria a essência...

Então corri para o monte, onde a sapiência se desfaz, a inteligência desintegra-se, monte onde se não sabe se os olhos estão abertos ou fechados, e o nome deste monte? Fé!...

Subi o monte, e dispus-me numa breve e ténue linha, que divisava a sabedoria e a loucura...

foi quando a eternidade me lançou ao chão! uma luz alumiou meu coração obscurecido pela ansiedade... a visão me fugiu dos olhos: o verdadeiro saber ofusca a visão do agora vísivel.

E gritei bem alto do fundo de minh'alma, senti minhas entranhas e todas as fibras do meu corpo junto a mim, clamarem: QUEM SOU?

E, uma voz suave, como um cicio, firme como um trovão, respondeu-me:

És o que é...

O silêncio que perturbava minh'alma, se transformou em paz...

E me perguntei: que sou para mim mesmo?

Analisei trejeitos, forma de pensar, cada pormenor meu... e descobri, sou peça fundamental do quebra-cabeça gigantesco da humanidade...

Sou a dúvida e eu mesmo sou a resposta!

alma sedenta

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 06:16

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Carência, sensação de vazio, talvez não de significado, "talvez" não! Sei o que significo ao mundo! contudo é como me sinto...
Meu coração parece estar insípido, a cor cinza impera por muitas vezes meu mundo descolorido,
minh'alma insurge-se contra mim mesmo, dizendo-me: "eu preciso, vamos! um amor nos fará bem... "
Sua sede transcende o meta-físico, obstruindo por muitas vezes minha razão, fazendo meu coração acelerar, me faltar o ar, meu ar... sinto-me sufocado! Parece que minha existência centralizou-se nisto, em nada consigo pensar, minhas atitudes estão voltadas para saciá-la...
Pelas ruas em vão procuro um amor, e o sentimento de descontentamento impera, me mergulhando num profundo desconforto, após mais uma frustração...
"Nunca dá certo, por que eu não consigo? como é difícil, sempre a pessoa errada..."
(esses eram meus amigos íntimos em pensamentos...)
E o muito praticar dessas atitudes e pensamentos, me amortecem e perco a sensibilidade...
Minh'alma sedenta dominava-me, me dirigia os passos...
E o tempo passou...
Comecei a extrair conhecimento das experiências, e a sabedoria passou a me dominar, ou melhor comecei a dominar-me, pois não posso ser fruto das "decisões da minha emoção", tenho que determinar minhas emoções, e descobri que muito dela posso controlar...
Comecei a amar-me mais, a ponto de não subjugar o meu existir aos desejos sedentos dela, a minh'alma, pensei que de agora em diante seria assim: tranquilamente controlaria minhas emoções e seria mais feliz... não espera o que havia de vir!
(...)
Quando naquele dia, ela me olhou...
aquela mulher, sim! Seus olhos roubaram meu domínio, seduziram os meus olhos, transcendeu o meu mundo físico, despertou-me e arrebatou minh'alma, que ardentemente desejou que aquele momento que mais parecia uma eternidade jamais acabasse; e por ocasião do destino, iria vê-la mais vezes... e agora o deveria fazer?
(...)
Me frustrar mais uma vez, ou fazer um investimento no escuro, fora apenas um olhar... será uma idéia baseada em fatos ou mais uma alucinação gerada em mim pela carência?... eu já decici, e você caro leitor, em meu lugar sendo você, que faria?! ...
(...)
faz -nos pensar... quem decide as ações que nós tomamos, nossas emoções ou nós? Quem nos domina, nós? ...ou... nossos desejos? Certo constitui a liberadade de escolher... "mas e se essa tal liberdade, limitar você fazer somente aquilo que você deseja, estará realmente livre, ou será escravos de seus próprios desejos?" - Falcon Little, com adaptações.
Até a próxima...