Fábrica de Mentes

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 06:52

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Lembro-me de quando despertei de um profundo sono que me sustinha num leito de conformismo.

Foi chocante para mim verificar que não apenas eu estava ali, mais muitos outros seres humanos, de todos os tipos. E, não sei dizer se engraçado ou assustador era a cara de satisfação deles por estarem deitados na fábrica de mentes. É, antes que você se pergunte, eu já havia observado onde estava, era um lugar meio sombrio, e fazia um terrível contraste com os que estavam deitados e sorrindo, enquanto havia muitos plugs em suas frontes.

Pensei comigo mesmo, não posso deixá-los aqui, e quando tentei despertar a jovem madame, que parecia mais um lápis, de emagrecida que estava; sem sequer abrir os olhos, isso na minha breve tentativa de aproximação dela disse:
- O que está tentando fazer? Não percebe que estou ótima?...

Era óbvio que eu percebia que não. Mas, passei para o próximo, sua expressão era de alguém cujas sobrancelhas estavam levemente levantadas, o sorriso ultrapassava o sádico, como se estivesse entorpecido. Eu, o chamei e sequer percebia. Logo após isto, ouvi um barulho como que um estalo e um som de ferramentas se movendo pelo ar, quando de repente um braço mecânico passou sobre minha cabeça em direção daqueles cujo sorriso era tão artificial quanto o lugar que estavam, e agora olhando melhor, eram milhares de milhares! Logo, percebi muitos e muitos braços mecânicos, e ao que perecia alimentavam suas mentes colocando uma espécie de... sei lá, talvez lixo tóxico, em troca suas vidas eram sugadas, como num vídeo game. Eles não percebiam nada, só queriam sentir satisfação.

As mulheres que já eram magras, de súbito, começavam a emagrecer mais rapidamente, e suas expressões eram de extrema satisfação, aquilo era assustador demais. Fugi! Corri o mais rápido que pude. Eu não permitiria que minha existência fosse sugadas por máquinas em troca de satisfação imediata e artificial. Eu queria viver a realidade.

Depois de muito correr... vi no horizonte o mundo real. Eu entrei em meus pensamentos utópicos, e continuei minha caminhada rumo ao mundo real.
... Enfim, ah, respirei fundo... E, para minha surpresa, o ar estava rarefeito, e poluído. A cidade era uma correria, muito barulho. Era tudo um cinza só, o sol sequer conseguia passar pelas imensas nuvens de fumaça, os poucos feixes que atravessavam aquela barreira, se perdiam na imensidão dos terraços de edifícios altíssimos. Olhei daquele morro e pensei que não poderia ser tão ruim, deveria pensar de maneira otimista. Entrei na cidade, estava com fome, a comida era fast food (eu queria Feijão!); pensei em tomar algo, os refrigerantes reinavam; a poluição visual era terrível, os outdoors cheios de mulheres bonitas, e semi nuas, o mesmo com os homens (dessa parte eu não gostei muito ¬¬)...

As pessoas passam umas pelas outras e sequer se cumprimentavam, percebi uma fila ao longe pensei uma reunião! Preciso conversar com seres humanos! Ao aproximar-me, havia um letreiro com os dizeres: emprego essa é sua chance. As pessoas ali tinham umas caras frustradas, envolvidas em puro tédio estavam cansadas daquilo. De repente, me virei como que sem domínio sobre aquilo, e vi um homem, bem vestido, conversando com um jovem cinza e frustrado, não sei o porquê, mas eu podia ouvi-lo fazer uma proposta de uma vida longe dos problemas, o jovem prontamente o atendeu, um sorriso comedido começou a raiar em seu rosto. E o homem apontou justamente para o lado de onde eu havia vindo. E pensando bem, lá era melhor, muito mais fácil, o prazeres que em no mundo real não eram possíveis... Enquanto pensava nisto um desejo de retornar brotou em meu coração, foi quando percebi minha coloração ser trocada pelo cinza, começando pelos meus pés, e ia subindo, subindo e subindo... rapidamente! Lembrei então do momento em que as vidas daqueles sujeitos que voluntariamente submeteram-se àquela condição, tinha suas vidas sugadas! Recobrei-me, e minha cor ressurgiu! Mas, e agora o que fazer para viver no mundo real, sem cor e sabores, em meio às decepções, frustrações, medo de errar!

Foi em meio a este questionamento que mais uma vez fui salvo por meu despertador, já era hora de acordar pra ir ao trabalho, pensei comigo mesmo o que poderia fazer para em meu mundo particular não viver uma vida vazia, sem cor ou sabor, ah, o meu mundo particular é minha própria mente, o modo como observo a vida. Mas, não estava disposto a viver uma utopia, no meu mundinho particular, isto está fora de cogitação.
A vida surgira-me como um novo significado pela manhã.

A expressão máxima da minha existência, eu não ia permitir que a fábrica de mentes, que é real mesmo depois do sonho (pesadelo na verdade), moldasse minha mente numa vida artificial em busca de satisfação imediata, levantei-me revigorado e decidido a viver, pois, entregar-me a um estilo de viver onde os outros ditam o meu caminho, aonde ir; desistir dos sonhos; ter medo de errar e nada fazer é muito fácil. Eu opto pela aventura de viver... Deus me ajude nessa caminhada!

Não Passo pela vida

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 06:57

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Eu já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos,
amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, Já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém
especial. Mas vivi!
e ainda vivo!
Não passo pela vida.

- Charlie chaplin

No que o mundo se moldou...

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 07:11

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O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

Autor desconhecido

o que realmente vale a pena...

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 07:16

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Em toda busca há um achado?

Em todo esforço há conquista?

Em toda fala há comunicação?

Em todo amor há pureza?

O que dizer da busca contínua de nós por nós mesmos?...

e pior quando nessa busca nos perdemos de nós mesmos e...

nosso destino fica selado pelo fracasso, e frustração...

todo o conhecimento que possui em vida, para nada me serviu...

apenas idéias acumuladas de forma ordenada, filtrada pelo meu prisma de observação...

moldado ao meio, cultura e experiências que tive ou deixei de tê-las...

subi no mais alto nível do conhecimento, uma patamar altíssimo, compriendi...

que a consciência do saber nada mais é do que a ignorância de mundo externada...

"há mais coisas entre o céu e a terra que professa nossa vã filosofia..."

e assim vidas após vidas, vi se perderem em tolices recomendáveis, que os levaram de nada...

a lugar algum...

suas forças por mais poderosas que fossem não sustetaram sua existência...

sua beleza por mais que resplandecesse se ofuscou pela inutilidade de sua vida...

almas eternas que dirão de vós no futuro? ou para que viveram...?


no plano introspectivo já fui mais fundo que um ser humano pudesse ir...

o auto conhecimento me aguardava...

nessa viagem meta física imergi dentro do desconhecimento de que sou!

quanto mais fundo fui mais tornei ignorante de mim me tornei...

vi culpas e pecados, logo apartaram-se de mim as soluções...

corri aos prazeres, eles correm de mim...

não houve satisfação o suficiente que estancasse minha sede...

sede por resposta...

que é a vida, e de que vale as muitas conquistas que tive se não souber quem sou...

...e agir como tal?

em tudo me agradei, busquei... fui e vim... deitei e levantei... e não descobri:

o que realmente vale a pena!

o benefício da dor

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 06:33

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Por que tanta, mais tanta dor...

Uma mensagem enviada a minha mente, após algum trauma ativa uma sensação sofreguida, em mim!

Isto é, DOR...

Mas para que preciso? seria bem melhor um mundo sem dor! Pra que sofrimento? as pessoas poderiam viver melhor...!

De que serve esta...? sem significado algum. Fujo dela, através do medo de errar, errar dói...

Esgueirando-me furtivamente pelas vielas de escape, fujo das oportunidades; vou, cada vez mais longes dela...

Minha mente me conduz inconscientemente para longe dela, errar causa dor...

Ficarei escondido aqui, sentado nesta redoma, o mundo não me atingirá, e eu nunca errarei...!errar causa dor...

...E continuei fugindo, cada vez mais distante: da realidade, do que é factível; mergulhei num mundo de poucos erros, consequentemente indolor, ao menos pouca dor... estava satisfeito quando conheci a aquela garotinha: olhos negros, e vivos, cabelos curtos, olhar tranquilo... uma criança normal de sete anos... seu caminhar plácido expressava a graça que havia dentro de si, mas não estava só, sua mãe, creio eu, segurava sua mãozinha e sua expressão era contraposta a da menina, era um olhar tenso... quando de súbito:

Não sei dizer se fora de mim(pensamentos), ou em sonhos de repente fui arrebatado de mim mesmo...

E lançado naquela casa: uma casa comum, cadeiras, mesa, quadros, TV...

Meu olhar de repente mudou de direção e vi aquela mesma menina, andar pela sala com a mesma placidez e leveza, com aquele mesmo olhar puro e singelo, contudo percebi que haviam tachinhas no chão apontadas para cima, tentei avisá-la, mas ela não me ouvia! Sequer eu ouvia minha voz... Era muito estranho este acontecimento!

Como estavam apontadas para cima imaginei: aquela criança ao pisar sofrerá, DOR, iria chorar e se... se estivessem enferrujados... não! Então ela calmamente pisou, e continuou a andar, sem nada perceber, apática!

Não entendi aquilo...! E se não bastasse ela caminhou lentamente em direção a escada da porta de sua casa com as tachinha fixadas ao pé... e pensei, provavelmente cairá, porquanto percebi que seu tornozelo estava muito inchado, e levemente torto...! Tentei avisar a sua mãe que estava na cozinha, e ela não me ouvia! me desesperei, meu Deus: Ajuda esta pobre criança! meu coração acelerou e eu nada pude fazer...

Ela andou com o mesmo caminhar que outrora descrevi e como eu previa caiu, torceu seu pequenino tornozelo, deslocou seu punho e arranhou seu braço, desde o antebraço até o ombro... seu pequeno rosto estava sujo de terra, seu nariz estava coberto em sangue... então sofri, dizendo comigo mesmo, no meu espírito: ela vai chorar!

E fui contrariado, ela levantou como se nada houvesse acontecido... e comecei a me questionar o porque de ela não chorar, eu já estava sofrendo muito...! e ela não esboçava nenhuma sensação de dor, "ei, espere um pouco!", pensei. Quando algo me veio a mente, "Indiferença Congênita a Dor".

Suspeitei que aquela garotinha sofria de algo que restringia sua sensação de dor, ou melhor, a cancelava, e ela não se protegia por que não sentia dor...


Me desesperei, questionei-me, me olhei e alto a baixo, quando fui arremessado agressivamente de volta ao meu corpo... o que não me afetou muito (pois estava abalado pela visão) e respirei profundamente! Olhei em redor, e me perguntei: então é isso, o benefício da dor?!

A dor é objeto de crescimento, de sapiência, quando utilizado com sabedoria...

Percebi que a minha fuga da dor, me tornou excluso do próprio mundo em que vivo, observei que muito vivi, e nada experimentei... pelo medo da dor!


As oportunidades iam e vinham, mas eu obrigava a mim mesmo a paralisar-me, limitar-me... pelo medo da dela, a dor!

Os amores, as escolhas, escorriam entre os meus dedos... Isso não é viver, é subexistir, "meu Deus! - bradei dentro de mim". Como fui tolo, me tranquei numa redoma, como um garoto mimado, e em nada sou experimentado... me condicionei a acreditar que ficar onde exatamente estou, não me faria mal ou bem; errei: me limitou a existência...

Eu quero, eu preciso VIVER...
A vida é muito curta para temer tanto, a dor...

A dor é uma dádiva, que nos foi dada para nos apercebermos em condições errantes; uma pessoa com lepra não se protege a princípio, pois não sente dor... enquanto silenciosa (a lepra) avança pelo corpo da vítima lenta e indolor. A dor nos livra de muitos males, nos esconde da fatalidade, nos conserva, nos abriga no mar da experiência e sabedoria...

A dor nos faz viver melhor!

encontro consigo mesmo

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 07:16

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Como está difícil...
Minha mente vagueia na imensidão das dúvidas que imergem na superfície do meu ser...
isto é, da alma.

As respostas busquei, em meio as dúvidas, no tracejar do meu percurso mais dúvidas me sobre vieram, de uma intensidade que obscurecia minha inteligência, e furtava minha atitude.

Pensava que encontraria respostas, não paralisia. Porém, não desisti.
Continuei, prossegui com força de vontade, projetei-me com intensidade, tal que, me sentia a própria pergunta em busca de respostas. E eu realmente era a pergunta numa jornada em busca de respostas...

Quem sou? Para que existo?

Crise existencial!? Não!

Sede de Significado...!

Percorri pelos vales da minha mente, caminhei nos desertos da minha ignorância... e nada encontrei!

Num breve lapso, eu vi! O caminho para minha resposta... levantei-me e descobri: a ansiedade ludibria nossa sapiência... nada mais era que uma miragem da alma! A alma sedenta de respostas e por sofrer, produz para você uma resposta para que pare de sofrer...! Contudo, eu queria a essência...

Então corri para o monte, onde a sapiência se desfaz, a inteligência desintegra-se, monte onde se não sabe se os olhos estão abertos ou fechados, e o nome deste monte? Fé!...

Subi o monte, e dispus-me numa breve e ténue linha, que divisava a sabedoria e a loucura...

foi quando a eternidade me lançou ao chão! uma luz alumiou meu coração obscurecido pela ansiedade... a visão me fugiu dos olhos: o verdadeiro saber ofusca a visão do agora vísivel.

E gritei bem alto do fundo de minh'alma, senti minhas entranhas e todas as fibras do meu corpo junto a mim, clamarem: QUEM SOU?

E, uma voz suave, como um cicio, firme como um trovão, respondeu-me:

És o que é...

O silêncio que perturbava minh'alma, se transformou em paz...

E me perguntei: que sou para mim mesmo?

Analisei trejeitos, forma de pensar, cada pormenor meu... e descobri, sou peça fundamental do quebra-cabeça gigantesco da humanidade...

Sou a dúvida e eu mesmo sou a resposta!

alma sedenta

Posted by Marlow® 'M' | Posted in | Posted on 06:16

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Carência, sensação de vazio, talvez não de significado, "talvez" não! Sei o que significo ao mundo! contudo é como me sinto...
Meu coração parece estar insípido, a cor cinza impera por muitas vezes meu mundo descolorido,
minh'alma insurge-se contra mim mesmo, dizendo-me: "eu preciso, vamos! um amor nos fará bem... "
Sua sede transcende o meta-físico, obstruindo por muitas vezes minha razão, fazendo meu coração acelerar, me faltar o ar, meu ar... sinto-me sufocado! Parece que minha existência centralizou-se nisto, em nada consigo pensar, minhas atitudes estão voltadas para saciá-la...
Pelas ruas em vão procuro um amor, e o sentimento de descontentamento impera, me mergulhando num profundo desconforto, após mais uma frustração...
"Nunca dá certo, por que eu não consigo? como é difícil, sempre a pessoa errada..."
(esses eram meus amigos íntimos em pensamentos...)
E o muito praticar dessas atitudes e pensamentos, me amortecem e perco a sensibilidade...
Minh'alma sedenta dominava-me, me dirigia os passos...
E o tempo passou...
Comecei a extrair conhecimento das experiências, e a sabedoria passou a me dominar, ou melhor comecei a dominar-me, pois não posso ser fruto das "decisões da minha emoção", tenho que determinar minhas emoções, e descobri que muito dela posso controlar...
Comecei a amar-me mais, a ponto de não subjugar o meu existir aos desejos sedentos dela, a minh'alma, pensei que de agora em diante seria assim: tranquilamente controlaria minhas emoções e seria mais feliz... não espera o que havia de vir!
(...)
Quando naquele dia, ela me olhou...
aquela mulher, sim! Seus olhos roubaram meu domínio, seduziram os meus olhos, transcendeu o meu mundo físico, despertou-me e arrebatou minh'alma, que ardentemente desejou que aquele momento que mais parecia uma eternidade jamais acabasse; e por ocasião do destino, iria vê-la mais vezes... e agora o deveria fazer?
(...)
Me frustrar mais uma vez, ou fazer um investimento no escuro, fora apenas um olhar... será uma idéia baseada em fatos ou mais uma alucinação gerada em mim pela carência?... eu já decici, e você caro leitor, em meu lugar sendo você, que faria?! ...
(...)
faz -nos pensar... quem decide as ações que nós tomamos, nossas emoções ou nós? Quem nos domina, nós? ...ou... nossos desejos? Certo constitui a liberadade de escolher... "mas e se essa tal liberdade, limitar você fazer somente aquilo que você deseja, estará realmente livre, ou será escravos de seus próprios desejos?" - Falcon Little, com adaptações.
Até a próxima...